Encom Energia

Tarifa sairá dos atuais R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada 100 KW/hora

Nesta terça 28/06, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 para as contas de julho, a cobrança da conta de luz será de R$ 124,59 para um família que apresenta um consumo residencial médio no país. Em junho, esse valor foi de R$ 118,15.

A tarifa da bandeira vermelha 2, que está em vigor no país, é a mais cara. A explicação para a alta é o aumento do custo de geração de energia no país, por causa da crise hídrica. De acordo com o governo, o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, o que levou ao maior acionamento de termelétricas (que geram mais custos do que as hidrelétricas).

O sistema de bandeiras tarifárias busca compensar o aumento de custos com a produção de energia. No Brasil, 61% da energia do país provêm de hidrelétricas. Com a falta de chuvas nas principais bacias hidrográficas, o governo é obrigado a acionar usinas termelétricas para dar conta da demanda. Essa fonte de energia, no entanto, é mais cara e causa mais prejuízos ao meio ambiente.

Os diretores da Aneel também aprovaram uma nova consulta pública para definir se haverá um reajuste adicional, dado o cenário excepcional da crise hídrica. Isso porque poderá haver um déficit ainda maior na conta bandeira nesse momento mais seco.

Durante a reunião, os membros da diretoria da Aneel ressaltaram que o pronunciamento do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na televisão, nessa segunda-feira (28), para falar sobre os problemas de geração de energia foi algo inédito. Ele discursou sobre a grave crise hídrica que atinge o país e afeta severamente o fornecimento de energia elétrica.

Albuquerque frisou que o país enfrenta uma das piores secas da história e que a crise que atinge as hidrelétricas no Sudeste e Centro-oeste é a maior em 91 anos. Ao comentar sobre a possibilidade do racionamento de energia, como ocorreu em 2001, ele argumentou que o sistema elétrico brasileiro evoluiu nos últimos anos e que a dependência das hidrelétricas — que era de 85% — passou a 61%. Até o momento, o déficit está em R$ 1,5 bilhão. “No pior dos cenários, pode haver uma elevação para R$ 5 bilhões”.

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