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Setor de TI, telecomunicação e comunicação já representa 7% do PIB brasileiro

O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) movimentou R$ 479 bilhões ou aproximadamente 7% do PIB em 2018, segundo projeções da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Na comparação com o ano de 2017, houve um crescimento de 2,5%. Apenas para efeito de comparação, estima-se que o setor bancário, o maior do País, represente 12% do PIB nacional.

De acordo com a entidade, esses números correspondem à somatória dos resultados de setores que produzem ou oferecem exclusivamente tecnologias (caso da Microsoft) e demais grupos econômicos que também produzem soluções digitais, mas que pertencem outros setores, caso de bancos e telecomunicações.

Os números mostram que o desenvolvimento de software, sozinho, teve um tímido crescimento de 1,3% no ano passado. Por outro lado, a procura de tecnologia como serviço exibiu um crescimento de 7,7%. Um dos destaques em serviços é a solução em nuvens, que subiu nada menos de 55,4%. Na extensa lista do “cloud services” há desde infraestrutura (armazenamento de dados), plataforma (sites, aplicativos e outros serviços digitais) e até licenciamento de software.

Para este ano, a previsão da Brasscom é que o setor de TIC cresça 5,7%, algo que deverá se repetir nos demais anos até 2022.

Transformação digital

O estudo também exibiu um recorte sobre as tecnologias inseridas no contexto da transformação digital (TD), ou seja, ferramentas ou serviços que mudem drasticamente a rotina de uma empresa ou setor – algo diferente do cloud service, que é uma tecnologia de apoio às tecnologias inovadoras.  Nessa lista estão desde inteligência artificial, robôs, blockchain, entre outras.

Os números das soluções de TD mostram um volume pequeno de bilhões de reais se comparado com os resultados de países como EUA e alguns europeus. No entanto, foram justamente essas tecnologias que tiveram as maiores projeções de crescimento no Brasil para os próximos anos, segundo o estudo. A IA, por exemplo, deve movimentar R$ 2,5 bilhões no Brasil entre 2019 e 2022 – ou uma taxa de crescimento de 29% ao ano.

Na Robótica, tecnologia relevante da chamada indústria 4.0, há uma perspectiva de investimentos de R$ 23 bilhões no mesmo período ou uma alta de 17% ao ano. Já o blockchain terá um volume de R$1,4 bilhão no período ou um crescimento de 64% ao ano até 2022. “Esta visão permite a entidade ter uma visão otimista para afirmar que o setor continuará crescendo em taxa acelerada, o que pode permitir que o tamanho do setor de Software e Serviços, intensivos em mão-de-obra, dobre até 2024”, disse Sérgio Paulo Gallindo, presidente executivo da Brasscom.

Empregos

O levantamento mostra ainda o cenário de empregos de TIC. Hoje, o setor somou 1,7 milhão de trabalhadores, com criação de 42 mil novos postos de trabalho em 2018. Isso representou um crescimento de 4,2% na geração de emprego na comparação entre 2017 e 2018.

Um dado curioso presente no estudo diz respeito ao salário médio pago aos profissionais de TIC. Hoje, em média, os salários desse setor estão em R$ 4,4 mil. O valor é 2,4 vezes superior à média nacional dos salários, que hoje é de R$ 1.836 mil.

Concentração

Por fim, o estudo apontou a mapa nacional da produção de tecnologia no Brasil. Há, segundo o levantamento, uma concentração de 43% da produção da tecnologia no estado de São Paulo. “Isso indica que há ampla possibilidade de ampliação do setor para outros estados. É preciso avançar no treinamento desses profissionais”, aponta Gallindo.

Fonte: Consumidor Moderno

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